“Como Maçãs de Ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” (Pv. 25.11)

“Feliz o homem que acha a sabedoria e o homem que adquire o conhecimento;
... é Árvore de Vida para os que a alcançam, e felizes são todos os que a retêm." (Pv. 3:13,18)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

OS PEQUENOS SERVOS DA PEQUENA SUSY - PARTE VI - ELIZABETH PRENTISS

CAPÍTULO VI


Eu tenho falado sobre algumas das coisas que os pequenos servos da Susy podiam fazer, mas eu sinto muito ter de dizer também que, às vezes, ela os deixava fazer algumas travessuras. Uma das primeiras coisas foi quando ela ainda era uma bebezinha, e levantou a sua mão para bater em sua querida e doce mãe, porque ela ia lhe dar um banho. Pequenos bebês muitas vezes fazem isso antes de serem ensinados melhor. No mesmo momento em que a mão da Susy deu o tapa, ela viu que a face da sua mãe se tornou séria e descontente. Então a Susy se sentiu mal e ela se apressou para beijar o local onde ela havia lhe machucado, e algumas lágrimas rolaram em suas bochechinhas. Mas pouco depois disso, quando alguma coisa lhe aborreceu, ela levantou a sua mão e estava prestes a bater novamente com ela. Foi então que a sua mãe segurou a sua mão com a dela, olhou seriamente para a Susy e disse:
-       Esta mãozinha está sendo tola!  
Então a Susy começou a chorar novamente, e ela chorou tanto que a sua mãe teve de lhe emprestar o seu lenço para enxugar as suas lágrimas. Quase todos os dias, aquela mãozinha agia daquele jeito, mas afinal, a mãe da Susy a curou deste problema amarrando uma luva vermelha sem dedos em suas mãos sempre que elas queriam bater, e mantendo-as amarradas assim por algum tempo. As suas mãozinhas não gostavam de usar luvas de jeito nenhum, pois elas não conseguiam pegar os seus brinquedos muito bem.
Depois que a Susy já havia aprendido que não podia bater, as suas mãos começaram a se tornar intrometidas, isto é, a tocar e a pegar em coisas que elas não deveriam mexer.  Um dia, elas rasgaram todo o jornal em pedacinhos. Outra vez, elas cortaram todo o seu cabelo, até onde podiam alcançar. Uma delas conseguiu entrar no pote de açúcar e tirar dele três pedrinhas. E uma vez, quando elas estavam em uma casa de campo, e havia um lavabo no quarto, a Susy tentou abrir a gaveta e puxou sobre ela todo o lavabo, quebrou uma jarra, derramou toda a água, e realmente causou grande susto em todos.
Tudo isso causou muito problema. A mãe da Susy teve de manter os seus olhos sempre nela, a todo momento lhe ensinando que ela não podia agir assim. Ela teve de gastar muito tempo ensinando-a que haviam certas coisas que ela não podia tocar.
E quando aquelas mãozinhas agitadas começaram a aprender o que iam sendo ensinadas, então os seus pezinhos começaram a causar problemas. Um dia, antes que a Susy tivesse idade suficiente para subir e descer as escadas sozinha, a sua mãe estava com visitas em casa e a Susy continuou falando e fazendo um barulho tão alto que ninguém conseguia ouvir mais nada. Então, a sua mãe lhe levou para o corredor e a sentou no primeiro degrau da escada, onde a Susy gostava de sentar, e disse a ela:
- A Minha pequena Susy vai ter de ficar sentadinha aqui por um tempo, porque ela não escutou a sua mamãe e não parou de falar!
Logo depois, ela ouviu uma vozinha gritar, dizendo:
-       Mamãe, você não tem medo que a sua garotinha caia da escada?
E ao correr para ver sobre o que se tratava, ali estava Susy, sentada no degrau mais alto, sorrindo e parecendo muito contente ao pensar que tinha realizado um grande feito.
E não muito tempo depois, os dois pezinhos levados a carregaram para o meio da rua, em meio a carroças e cavalos, e se Deus não a tivesse protegido, ela certamente teria sido atropelada. Outra vez ainda, a Susy escalou e estava para colocar um dos seus pés para fora da janela, quando a sua mãe a apanhou pelo vestido e a puxou para dentro. Eu suponho que você tenha feito coisas bem parecidas com essas quando você era um bebê, e a sua mãe poderia lhe entreter por algum tempo ao lhe contar algumas delas.
  

            A Susy não era tão travessa quanto outras crianças são, e quando ela estava com três anos de idade, e havia aprendido as coisas nas quais ela não podia mexer, a sua mãe podia até deixá-la sozinha na sala, com alguns brinquedos e estar bem certa de que ela não tocaria em nada que lhe havia sido proibido, nem escalar em lugares perigosos, e nem pegar nada que fosse perigoso. As tesouras podiam estar sobre a mesa e a faca afiada ao seu lado, e as boas mãozinhas não as tocariam. E nem os seus pezinhos obedientes a levariam para perto do fogo, onde ela podia facilmente se queimar. Se a Susy prometesse que faria alguma coisa, ela sempre o fazia, e por isso a sua mãe muitas vezes lhe deixava brincando sozinha na sala, enquanto lá em cima, no quarto do bebê, Robbie ainda não tinha aprendido a não agarrar e tomar os seus brinquedos.

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