“Como Maçãs de Ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” (Pv. 25.11)

“Feliz o homem que acha a sabedoria e o homem que adquire o conhecimento;
... é Árvore de Vida para os que a alcançam, e felizes são todos os que a retêm." (Pv. 3:13,18)

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

"OS PEQUENOS SERVOS DA PEQUENA SUSY" - Elizabeth Prentiss - Capítulo I


Esta nova série de postagens consiste na tradução de um clássico infantil favorito da escritora Elizabeth Prentiss, intitulada, no inglês, de “Little Susy’s Little Servants”.
A autora americana, herdeira do movimento Puritano, viveu na Nova Inglaterra entre os anos de 1818 e 1878, e é autora do conhecido Hino “Mais amor por Ti” (“More Love to Thee”) e da obra “Pisando em Direção ao Céu” (“Stepping Havenward”), dentre vários outros títulos. Os seus escritos, embora tenham sido publicados e grandemente divulgados já em sua própria época, ganharam renomada popularidade no final do século XX.
Elizabeth era uma dentre os oito filhos do Ministro Edward Payson, tendo sido criada desde cedo nos caminhos da fé protestante. Desde a idade de dezesseis anos, ela já contribuía com escritos em um periódico voltado para a juventude “The Youth’s Companion”. Ela fundou, em 1838, uma escola para meninas em sua própria casa, e dois anos depois partiu para o estado da Virgina para ser dirigente de departamento de uma escola para meninas.
Ela casou-se, em 1845, com George Lewis Prentiss, um ministro Presbiteriano, com o qual teve seis filhos, dois dos quais faleceram ainda na infância.
Embora tenha tido uma saúde frágil e delicada, ela faleceu com a idade de 59 anos e o seu hino “Mais Amor por Ti” foi cantado no seu funeral. Após a sua morte, o seu esposo editou e publicou um livro composto por várias das suas cartas “Vida e Cartas de Elizabeth Prentiss” (“The Life and Letters of Elizabeth Prentiss”), o qual continua em publicação e, segundo as suas próprias palavras, extraídas do prefácio desta obra, ela diz: “Muito da minha experiência de vida tem me custado um alto preço, e eu desejo utilizá-la para o fortalecimento e conforto de outras almas.”
Nesta obra para crianças, nós veremos a pequena Susy crescer e se transformar, de um pequeno bebê, em uma pequena mocinha de seis anos de idade, enquanto os seus ajudantes aprendem a brincar, a se ocupar com diversas atividades e a fazer coisas para ajudar os outros. Às vezes, eles também lhe metem em problemas! Mas durante este percurso, a pequena Susy aprende a ser gentil, a servir os outros, e mais importante de tudo, a amar e servir a Deus de todo o seu coração.    


OS PEQUENOS SERVOS DA PEQUENA SUSY


CAPÍTULO I

Já que a pequena Susy possuía uma amável mãe para tomar conta dela, você se perguntará, talvez, porque Deus lhe deu ainda um grande número de servos só para ela. Ele lhe deu tantos servos que você poderia passar a sua vida inteira lendo sobre eles. Mas eu lhe contarei apenas sobre alguns deles e então você pode pedir à sua mamãe que lhe conte sobre os outros. Pois os pequenos servos que a Susy tinha, você também tem.
De início, ela não sabia para que eles serviam, ou onde eles estavam. E eles também não sabiam, por isso eram inúteis. Dois deles eram negros, e tão parecidos que você não podia distinguir um do outro. Susy os mantinha trancados a maior parte do tempo, de modo que ninguém os via. Quando as suas tias e primos vinham visitá-la, eles diziam: - Eu acho que hoje ela vai nos deixar vê-los! Mas acabavam tendo de ir embora bem decepcionados. Estes servos negros eram umas coisinhas bem brilhantes, e eles logo aprenderam a entreter bastante a Susy. Uma das primeiras coisas que eles fizeram por ela foi deixá-la ver o fogo da lareira, o que ela achou muito bonito.
Susy tinha um outro par de gêmeos como seus servos, mas ela sabia tão pouco para que eles serviam que eles lhe davam pequenos tapas e às vezes até arranhavam o seu rosto. A sua mãe disse que ela precisaria amarrá-los se eles fizessem isso. De fato, muitos bebês pequenos acabam precisando tê-los cobertos com panos brancos para impedir que façam travessuras até que tenham idade suficiente para saberem como agir. Mas embora eles não soubessem como se comportar, eles eram muito bonitinhos, pequenas criaturinhas, e quando o papai da Susy se ajoelhava e pegava um deles em suas mãos, e o beijava e o admirava, e comentava sobre o quão engraçadas eram aquelas coisinhas, eles pareciam, realmente, com lindas pétalas de rosas, ou com qualquer outra coisa macia e rosada que você possa imaginar.
Susy possuía ainda um outro par de gêmeos, dos quais ela não tomou muito conhecimento por alguns meses. Eles não aprenderam a esperar por ela tão cedo quanto os outros. Eles eram umas coisinhas gordinhas e inquietas, dificilmente ficavam quietos por um só momento, e só o que eles sabiam fazer era chutar e fazer buracos em meias brancas e azuis.
Susy tinha ainda um outro par de gêmeos não muito bonitos, mas muito úteis, pois sem eles ela nunca conseguiria ouvir a sua mãe cantar, ou o seu pai assoviar; ou a pá e a pinça caírem fazendo sons muito interessantes; nem o seu gatinho dizendo: - Miau! Ou o cachorro dizendo: - Au! Au!
Ela tinha ainda mais um servo que ela mantinha fora da sua vista o tempo todo. Ele só servia, de início, para que ela pudesse ganhar muitos cafés da manhã, almoços e jantares todos os dias. Mas ele veio a servir para muitas outras coisas depois de um tempo.
Mas se eu continuar com esta descrição, eu receio que você poderá ficar embaraçado, você que é uma criatura tão pequena. Então se você puder imaginar os nomes destes servos da Susy, eu lhe darei três tentativas. E se você não acertar na terceira vez, você terá de espiar contra o vidro, onde você verá todos estes servos seus; eu quero dizer, estes sobre os quais eu lhe tenho dito. 

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