“Como Maçãs de Ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” (Pv. 25.11)

“Feliz o homem que acha a sabedoria e o homem que adquire o conhecimento;
... é Árvore de Vida para os que a alcançam, e felizes são todos os que a retêm." (Pv. 3:13,18)

sábado, 27 de abril de 2019

Capítulo 8 Banidos

  Todos em Eichbourg estavam ansiosos para saber qual seria a sentença desse caso desventuroso. Todas as pessoas amigáveis temiam pela vida de Mary, pois, naqueles dias, o crime de furto era punido com excessiva severidade e a pena de morte era muitas vezes infligida pelo roubo de artigos muito menos valiosos do que aquele anel. O Conde sinceramente desejava que a inocência de Mary fosse provada. Ele mesmo leu todo o testemunho e conversou por horas com o juiz, sem ser capaz de convencer a si mesmo da inocência de Mary. Tanto a condessa , quanto a sua filha, Amelia, imploraram, com lágrimas, que Mary não fosse morta; enquanto o seu pai idoso gastava dias e noites em oração incessante, para que a graça do Senhor fosse suficiente para ela e que a sua força fosse aperfeiçoada na fraqueza. Toda vez que Mary ouvia o carcereiro entrar em sua cela, ela pensava que ele iria anunciar a ela a hora de sua morte. E nesse meio tempo, o executor estava engajado na preparação do terrível dia.

         Certo dia, quando Juliette estava caminhando, ela viu o executor ocupado com esses preparativos e o seu coração se encheu de pesar. O terror parecia privá-la dos seus demais pensamentos, e quando ela se assentou para o jantar, ela nem tocou em sua comida e todos perceberam que ela estava sofrendo alguma agonia oculta em sua mente. Ela teve uma noite terrível e, mais de uma vez, em seus sonhos, ela viu a cabeça da Mary cortada. O seu remorso não lhe deu descanso, nem de dia, nem de noite, mas o coração dessa criatura miserável estava endurecido demais para confessar as suas mentiras, a fim de salvar Mary.

         Por fim, o juiz pronunciou a sentença. Mesmo tendo a Mary sido culpada de pena de morte, a sua pena foi mudada para exílio perpétuo, ao levarem em conta a sua idade e a sua reputação prévia imaculada. Essa sentença também foi estendida a James, e tudo o que eles possuíam foi confiscado, uma vez que acreditava-se que ele era cúmplice do crime, ou que o seu mau exemplo ou negligência tinham contribuído para levá-la a se desviar. A sua punição poderia ter sido mais severa, não fosse a súplica sincera do Conde e de sua família. James e Mary foram conduzidos para fora das fronteiras da cidade por um guarda e a jornada deles começou naquele mesmo dia.

         De manhã cedo, no dia seguinte, conforme Mary e seu pai passavam na frente do portão do castelo, em seu caminho para a prisão perpétua, Juliette saiu do castelo. Vendo que o caso, ao contrário de todas as expectativas, havia tomado um rumo diferente do que ela tinha previsto, esta moça astuta e sem nenhum bom sentimento, recobrou a sua disposição. Ainda que ela não desejasse que Mary fosse levada à morte, ela tinha objeções quanto ao seu exílio. Assim que ela descobriu que a vida de Mary havia sido poupada, o seu ciúme voltou com toda a força. Ela ainda a odiava e tinha grande inveja dela, por causa do amor que a Condessa havia lhe mostrado. Alguns dias antes, Amélia viu a cesta que Mary tinha dado a ela em uma estante e disse para Juliette: 

         ー Leve essa cesta daqui, para que eu nunca mais a veja, pois ela me traz lembranças tão dolorosas que eu não suporto olhar para ela. Juliette pegou a cesta e a guardou em seu próprio quarto, e agora a trouxera novamente, neste momento tão difícil para Mary e seu pai. 

         ー Pare! Aqui está o seu presente! – Chamou Juliette – Você pode pegá-lo de volta; a minha senhora não deseja nada vindo de pessoas como você. A sua glória passou com as flores pelas quais você foi tão bem paga, e é um grande prazer para mim devolver esta cesta.

        Ela a lançou aos pés de Mary e, com um sorriso desdenhoso, entrou no castelo. Mary pegou a cesta em silêncio, com lágrimas em seus olhos, e continuou em seu caminho.

        O seu pai não tinha sequer um bengala para lhe ajudar em seus passos instáveis. Mary não tinha nada além de sua cesta; seus olhos encharcavam-se com lágrimas ao passar por cada lugar tão familiar a ela, fitando-os afetuosamente, enquanto as memórias de tantos dias felizes começavam a desaparecer. No momento em que ela se virou, pela última vez, ela acenou adeus, primeiro para o chalé, depois para o castelo, e por último, para a torre da igreja, que desapareceu da sua vista, por trás de uma colina coberta de árvores. 

        Quando o guarda os conduziu até os limites da cidade, praticamente já dentro da floresta, o velho homem, completamente exausto, sentou-se sobre o musgo, debaixo da sombra de um velho carvalho. 

        – Venha, minha filha – ele disse, tomando Mary em seus braços, juntando as suas mãos com as dela, e levantando-as aos céus. – Antes de irmos, vamos agradecer a Deus, que nos tirou de uma prisão pequena e escura, e nos permitiu aproveitar livremente a luz do céu e o frescor do vento ー ao Deus que salvou as nossas vidas e que devolveu você, minha querida filha, para o abraço deste seu pai. 

       O homem idoso caiu de joelhos e, com profunda gratidão no coração, sinceramente agradeceu ao Senhor por todas as bênçãos do passado e suplicou a proteção de seu Pai celestial para o futuro. Terminando a sua oração, James orou assim: 

       – “Sê nosso guia e guarda através dos perigos aos quais podemos ser expostos. Conduz os nossos passos, nós oramos a ti, entre aqueles que são povo Teu, e inclina os seus corações para nos ajudarem. Dá-nos, ó Senhor, um cantinho nesse mundo, onde possamos terminar a nossa peregrinação em tranquilidade e morrer em paz. Nós cremos que tu já preparaste para nós uma habitação para onde iremos, embora não saibamos onde ela é. Capacita-nos a caminhar em fé e confiança em ti, até que Tu nos leve ao lugar onde escolheste para que habitemos. Fortalece-nos, nós te pedimos, em nossa jornada, e dá-nos a Tua paz, por amor ao nosso Senhor Jesus Cristo”. 

       Depois de orarem assim, juntos, pois cada palavra da oração de seu pai ecoava no coração de Mary, eles se levantaram renovados e confortados e se prepararam para seguirem o seu caminho com coragem, e até mesmo com alegria. 


A oração é o discurso mais simples

Que os lábios das crianças podem pronunciar.


quarta-feira, 10 de abril de 2019

Capítulo 7 James visita Mary na prisão

O juiz encontrou grande dificuldade para tomar uma decisão.
– Hoje é o terceiro dia ー disse ele ー e nós não tivemos nenhum progresso além do que tivemos na primeira hora. Se eu previsse qualquer possibilidade de que o anel estivesse em outras mãos, eu acreditaria que essa mocinha é inocente. Mas todas as circunstâncias caem tão claramente sobre ela. É impossível que haja outra maneira. Ela só pode ter roubado o anel.

Ele voltou à Condessa e novamente a questionou sobre as circunstâncias mais minuciosas; Juliette também foi interrogada novamente; ele passou o dia inteiro revisando o testemunho e ponderou sobre cada palavra que Mary havia pronunciado em seu testemunho. Por fim, já era tarde quando ele mandou chamar o pai de Mary da prisão para a sua casa.

ー James Rode ー ele disse ー você sabe que eu sou um homem severo, mas você me fará justiça em dizer que, embora rígido, eu não sou cruel ou injusto. Você, espero, acreditará que eu não desejo a morte de sua filha, não obstante, todas as circunstâncias provam que ela cometeu o furto e a lei requer a morte dela. O testemunho de Juliette dá completa evidência do fato. Porém, se o anel for devolvido e o dano for, assim, reparado, nós podemos garantir que Mary seja perdoada, levando em conta a sua idade.

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sábado, 12 de janeiro de 2019

Capítulo 6 O julgamento de Mary

Capítulo 6 - O julgamento de Mary

Cedo na manhã seguinte, um carcereiro veio para conduzir Mary para o tribunal. Ela sentiu um calafrio conforme ao entrar no grande cômodo sombrio, onde a luz do dia mal adentrava pelos pequenos vitrais de uma alta janela de estilo gótico. O juiz estava sentado em uma grande cadeira elevada e coberta de escarlate, e o escrivão sentava-se à uma mesa escurecida pelo tempo. O juiz fez várias perguntas a ela e Mary as respondeu todas com a verdade requerida. Com lágrimas, Mary insistia em declarar a sua inocência.
ー Você não pode me enganar com isso, porque é impossível. Não tente me fazer acreditar nessas mentiras! Disse o juiz. Ninguém, senão você mesma, entrou no quarto. Ninguém, além de você, pode estar com o anel. Confesse de uma vez!

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Capítulo 5 Mary na prisão

Mary estava quase sem sentidos quando eles a levaram à prisão. Quando finalmente despertou para a sua completa miséria, ela chorou, soluçou, juntou as suas mãos e começou a orar. Com o tempo, cheia de terror, desolada com a tristeza e exausta de tanto chorar, ela se jogou na cama de palha e logo fechou seus pesados olhos e dormiu. Quando acordou, era quase noite.

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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Ano Novo: O Valor do Tempo - Por Elizabeth Julia Hasell

Prezados leitores,

Neste fim de ano, o nosso coração se enche de gratidão e louvores a Deus por toda a Sua bondade e imensos favores derramados a nós neste ano que agora se finda. Tantas são as bênçãos que não se pode contar ou medir, apenas agradecer. Dificuldades e tristezas certamente nos foram enviadas também, mas especialmente nelas Deus tem sido a nossa fortaleza, abrigo, conforto e Amigo sempre perto. 

Igreja, família e amigos que nos cercam, de perto ou de longe, também merecem nossos sinceros agradecimentos. Cada um de seus gestos de amor, auxílio e encorajamento fazem com que a nossa jornada nesta vida seja adornada pela graça e misericórdia que provém do Senhor e se expande entre os que são Seus.

Com isto em mente, e lembrando-nos de que ambos os anos que se finda e o que está se iniciando agora foram concedidos a nós pela boa mão, cuidado e providência do Senhor, traduzimos este trecho da antiga autora Elizabeth Julia Hasell para nos lembrar de quão precioso é o tempo que Ele nos dá. 


"O tempo é curto." (1 Cor. 7:29) - Por Elizabeth Julia Hasell (1830-1887)


Para o cristão, o quão valioso é o tempo! E Deus o concedeu a nós, apenas minutos após minutos, para nos mostrar que preciosa dádiva Ele nos permite ter nestas pequenas gotas. Quão breve o tempo se acaba! Quão curta é a mais longa vida! Entretanto, o tempo nos é dado para nos prepararmos para a eternidade. Do mesmo modo como gastamos o nosso tempo neste mundo, assim também passaremos a eternidade. Pois a questão “onde eu passarei a eternidade?” deve ser decidida neste tempo, visto que, quando ela se iniciar, então já será tarde demais.

O tempo nos é dado para que sirvamos ao Senhor nele. O tempo nos é dado para nos arrependermos e para crermos no evangelho. O tempo nos é dado para que façamos o nosso dever em nossa própria localidade e estação. O tempo nos é dado para que façamos bem aos outros. Contudo, quanto tempo é desperdiçado! Fofocas e conversas vãs de casa em casa, atenção demasiada ao vestuário, ao invés da ordem e pureza, leituras e prazeres vãos, tantas coisas nos fazem desperdiçar um tempo tão precioso!

Mas há uma ideia específica que eu gostaria que você tivesse, um só pensamento que eu confio que o Santo Espírito pode escrever nos seus corações, e eu oro para que Ele o conserve nos seus corações também, pois Satanás e o mundo gostariam que pensássemos exatamente o contrário. E esta ideia que eu repito: o tempo nos é dado para que nos preparemos para a eternidade. Eu sou responsável e terei de prestar contas a Deus pelo meu uso ou pelo meu abuso do tempo que Ele me concede.


Oremos a Deus para que nos dê a graça de gastarmos o nosso tempo em Seu serviço, e de fazermos o nosso dever em nosso próprio dia e geração, bem como em nos preparar para a vida que ainda virá. Então, quando o tempo finalmente se esgotar, adentraremos em uma gloriosa eternidade por meio de Cristo, o nosso Senhor. O ímpio e o descuidado então desejarão, quando todo desejo será em vão, que eles tivessem, desta maneira, devotado o seu precioso tempo para Deus. O que pecadores não dariam, ao final, por um só curto dia! Ó, então, eu lhe imploro, seja sábio agora. Seja sábio neste tempo. Considere os seus caminhos e se prepare para uma vida que nunca cessará!     


"Eu creio que até mesmo o melhor dos santos de Deus, ao contemplar de perto uma vasta eternidade, terá de lamentar qualquer distância que tiveram de Deus ao longo da sua caminhada: lamentará não tê-Lo tido em todos os seus pensamentos, como um Deus presente, sempre às suas vistas. Lamentará não ter tido os seus olhos sempre cheios Dele, vendo-O e reconhecendo-O em tudo. Pois Ele está em tudo, possamos nós vê-Lo ou não. Ó, o saber que Ele é nosso, e que nós somos Dele! Ó, o achegarmos nós a Ele, em fé, e contar a Ele tudo o que está em nossos corações, conscientes de que temos o ouvido e o coração do próprio Jeová voltado para nós em nossas aflições... não é isto a mais substancial e verdadeira felicidade?" Mary Winslow (1774 - 1854)

E pensando neste nosso amor a Cristo e em como ensiná-lo às nossas crianças, concluiremos este ano de 2018 com mais este trecho do conhecido bispo anglicano J. C. Ryle, já citado várias vezes neste blog, comentando sobre a seguinte passagem do último capítulo do Evangelho de João:



João 21:15-17

“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. 
Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.”

O amor a Cristo é o ponto em que nós especialmente precisamos focalizar ao ensinarmos as nossas crianças sobre religião. A verdade de que Ele nos amou ao ponto de morte, e de que eles devem amá-Lo em virtude disso, é algo que vai ao encontro daquilo que as suas pequenas mentes podem muito bem conceber e crer.

O amor a Cristo é o ponto de encontro comum entre os crentes de qualquer ramo da Igreja de Cristo na Terra. Ambos Episcopais ou Presbiterianos, Batistas ou Independentes, Calvinistas ou Arminianos, Metodistas e Moravianos, Luteranos e Reformados, Estabelecidos ou livres, ao menos neste ponto estão de acordo. Sobre formas e cerimônias, sobre a forma de governo da Igreja e estilos de culto eles podem diferir bastante. Mas neste ponto específico, eles estão unidos. Todos têm o mesmo sentimento em comum em relação Àquele em quem toda a sua esperança de salvação está construída. Eles amam ao Senhor Jesus Cristo com sinceridade (Ef. 6:24). Alguns deles talvez sejam ignorantes quanto à teologia sistemática e possam argumentar muito pouco em defesa do que crêem. Mas eles todos sabem o que sentem com relação Àquele que morreu pelos seus pecados.

“Eu não posso falar muito por Cristo”, disse uma senhora cristã idosa e de pouca escolaridade, “mas se eu não posso falar por Ele, eu posso, sim, morrer por Ele!”

O amor a Cristo será a marca distintiva de todas as almas salvas no céu. A multidão que homem algum pode enumerar terá uma só mente. Antigas diferenças se unirão em um sentimento comum. Antigas peculiaridades, que na terra foram firmemente disputadas, serão então encobertas por um senso comum de débito a Cristo. Lutero e Zwinglio não mais diferirão. Wesley e Toplady não mais gastarão tempo em controvérsias. Líderes religiosos e seus dissidentes não mais devorarão uns aos outros. Todos se encontrarão unidos em uma só voz e coração, cantando o conhecido hino de louvor: "Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!" (Apoc. 1:5-6)

* Elizabeth Julia Hassel nasceu em uma rica família que residia próximo a Penrith, na Inglaterra. Ela foi educada em casa e aprendeu sozinha o Latim, Grego, Espanhol e Português. Ela era uma especialista em literatura clássica e contemporânea e publicou numerosos artigos e resenhas, mas ela também estudou teologia extensivamente e escrever grande número de obras teológicas.
Além do estudo e da escrita, Elizabeth promoveu a educação e o bem-estar geral do distrito em que vivia, frequentemente caminhando grandes distâncias, através dos montes, a fim de ensinar nas escolas destes vilarejos ou de proferir discursos. Esta prática provavelmente lhe trouxe a um falecimento precoce; no seu desejo de fazer o bem a uma população extensa e muito espalhada geograficamente, ela muitas vezes ignorou o seu cansaço e sofreu uma frequente exposição à chuva e ao frio.
Ela escreveu várias obras devocionais, incluindo: The Rock: And Other Short Lectures on Passages of Holy Scripture (1867), de onde a devocional acima foi extraída; Short Family Prayers (1884); e Bible Partings (1883). Na primeira obra, ela expressa o seu desejo sobre o que escreveu da seguinte maneira: "As seguintes páginas, sobre temas sagrados, foram escritos para a minha própria classe de jovens mulheres. Que este volume possa falar aos pobres, aos doentes, e aos que experimentam sofrimentos ou que não possuem muito tempo para leituras devocionais".